A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) rejeitou nesta quinta-feira, 4 de dezembro de 2025, requerimentos para convocar Fábio Lula da Silva, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A proposta da oposição foi derrubada por 19 votos contra 12. O requerimento para convocar o ministro Jorge Messias, advogado-geral da União, também foi rejeitado pela maioria da comissão, por 19 votos contra 11. A votação ocorreu em Brasília, conforme reportagem de Lucas Pordeus León, da Agência Brasil.
O ministro Jorge Messias é o nome indicado pelo presidente Lula para uma vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF).
Acusações de palanque político
O líder do governo na CPMI, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), acusou a oposição de tentar desviar o foco da investigação sobre os desvios no INSS. Ele afirmou que a oposição busca criar um palanque político para atingir o governo.
Pimenta prometeu que todos que fizerem acusações sem provas contra Fábio Lula da Silva, conhecido como Lulinha, ou qualquer outra pessoa, serão processados criminal e civilmente. Ele desafiou os parlamentares a apresentarem qualquer documento que prove o envolvimento do filho do presidente. O deputado defendeu que a denúncia se baseia apenas no depoimento de uma testemunha “completamente desacreditada”.
Defesa da oposição
Por outro lado, o senador Sergio Moro (União-PR) defendeu a aprovação da convocação de Lulinha. Moro argumentou que “beira a prevaricação” a recusa em aprovar requerimentos de investigação do filho do presidente, e que os parlamentares que o blindam não cumprem seus mandatos com honradez.
Em relação à convocação de Jorge Messias, a base governista acusou a oposição de novamente tentar desviar o foco da investigação. A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) classificou o pedido como uma provocação. Ela lembrou que os advogados-gerais da União do governo Bolsonaro não foram chamados. Já a deputada federal Coronel Fernanda (PL-MT) defendeu que o depoimento de Messias era fundamental para esclarecer o acompanhamento dado pela AGU à situação do INSS.












































