O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), elevou o grau de sigilo de uma petição protocolada pela defesa do banqueiro Daniel Vorcaro. O sócio do Banco Master solicitou que a investigação em curso seja conduzida pela própria Corte.
A motivação do pedido seria a citação de um deputado federal na investigação. A petição foi protocolada na sexta-feira, 28 de novembro de 2025, em segredo de Justiça. Ela pedia uma reclamação constitucional contra a decisão da Justiça Federal de Brasília que determinou a prisão do banqueiro.
Sigilo impede identificação no sistema
Após o documento ser distribuído a Toffoli, que se tornou relator do caso, o grau de sigilo foi alterado para sigiloso. Com isso, não é possível identificar no sistema eletrônico do Supremo as iniciais do nome de Vorcaro e o andamento do processo. Não há prazo definido para que o ministro decida sobre a questão.
Daniel Vorcaro e outros acusados foram alvos da Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal (PF). A PF investiga a concessão de créditos falsos pelo Banco Master. As fraudes podem atingir o valor de R$ 17 bilhões. A investigação também engloba a tentativa de compra da instituição pelo Banco Regional de Brasília (BRB).
Soltura e recurso do MPF
Na última sexta-feira (28), a desembargadora Solange Salgado da Silva, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, concedeu habeas corpus e determinou a soltura de Vorcaro e de outros quatro sócios do Banco Master.
Os acusados foram liberados sob monitoramento de tornozeleira eletrônica. Eles estão proibidos de sair do país, de exercer atividades no setor financeiro e de ter contato com outros investigados. O Ministério Público Federal já recorreu da decisão de soltura.











































