O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou os impactos do tarifaço norte-americano de 50% aplicado sobre produtos brasileiros. A avaliação do ministro foi feita nesta segunda-feira, 29 de setembro, durante a 16ª edição do evento Macro Vision, em São Paulo. Haddad indicou que, até o momento, as medidas não exigiram que o governo brasileiro ativasse a Lei de Reciprocidade, recentemente aprovada pelo Congresso Nacional.
Apesar da minimização do cenário, o ministro reconheceu o lado microeconômico da questão. “Impacto macro na economia não vai ter nessas medidas anunciadas. Agora, micro vai. E atrapalha muitas famílias brasileiras esse tipo de comportamento que estamos observando”, disse Haddad. Ele destacou ainda que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva “não usou a Lei da Reciprocidade aprovada pelo Congresso Nacional”.
Esperança de revisão e negociação
O ministro da Fazenda manifestou esperança de que as tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, sejam revistas. Segundo Haddad, os efeitos do tarifaço norte-americano são prejudiciais para ambos os países.
“Não penso que [o tarifaço] vá durar. Sempre acredito que o bom senso irá prevalecer. Temos de apostar nele, sem bravata. O presidente não fez um único discurso de animosidade. Muito pelo contrário. Vamos resolver. Estamos caminhando com dignidade para uma negociação”, concluiu o ministro em Brasília.