A CPMI do INSS ouviu nesta quinta-feira (18) o advogado Nelson Wilians, citado em investigações da Polícia Federal por operações suspeitas que somam R$ 4,3 bilhões ao lado de Maurício Camisotti. Durante a sessão, o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) confrontou o depoente após ele se recusar a assinar o termo de compromisso de falar a verdade, decisão amparada por liminar do Supremo Tribunal Federal (STF).
Questionamentos sobre silêncio e credibilidade
Chrisóstomo exibiu trechos do livro “Loucura Não, Coragem”, de autoria do advogado, e ironizou a postura de Wilians. “Se é corajoso, por que não relatar tudo aqui? Por que ficar calado? O senhor se cala diante de um dos maiores roubos contra os nossos aposentados e pensionistas”, disse.
O parlamentar também apontou contradições entre a trajetória de vida narrada pelo advogado e sua postura no depoimento. “O senhor disse que nasceu na pobreza, mas diante de uma oitiva em que poderia ajudar o Brasil, se cala. Quem é o senhor? Um louco ou um corajoso?”, questionou.
Contexto da investigação
A oitiva de Nelson Wilians faz parte da agenda de depoimentos aprovados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, que investiga descontos indevidos aplicados em benefícios de aposentados e pensionistas em todo o país. O objetivo da CPMI é identificar responsáveis por prejuízos a aposentados, pensionistas, indígenas, analfabetos e pessoas doentes.