A Polícia Civil de Minas Gerais segue à procura de detentos que fugiram do sistema prisional após a utilização de alvarás de soltura falsos inseridos de forma irregular no sistema da Justiça. O caso ocorreu no último sábado (20), no Centro de Remanejamento de Presos Gameleira, em Belo Horizonte.
Segundo a corporação, quatro homens deixaram a unidade prisional após a apresentação dos documentos fraudulentos. Um dos foragidos foi recapturado nesta terça-feira (23). As investigações indicam que os alvarás foram produzidos por um hacker, que conseguiu inserir as informações falsas no sistema judicial.
Em nota oficial, a Polícia Civil informou que diligências estão em andamento para apurar as circunstâncias da fraude, identificar os responsáveis e localizar os demais fugitivos. O caso é tratado como prioridade pelas autoridades de segurança pública.
De acordo com informações da Rádio Nacional, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) identificou a fraude em menos de 24 horas após a fuga. Assim que o esquema foi descoberto, os alvarás de soltura falsos foram imediatamente cancelados para evitar novas liberações irregulares.
O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, afirmou que não houve outras fugas utilizando o mesmo método e que medidas adicionais de segurança foram adotadas. Entre elas, está a verificação mais rigorosa e o possível atraso no cumprimento de alvarás de soltura, para garantir a autenticidade dos documentos.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) esclareceu que não houve invasão ou violação estrutural nos sistemas judiciais sob sua administração. O órgão destacou ainda que, até o momento, não há indícios de falha sistêmica nem de envolvimento de servidores públicos no esquema criminoso.
As investigações seguem em sigilo, enquanto as forças de segurança intensificam as buscas pelos foragidos e aprofundam a apuração sobre a atuação do hacker responsável pela fraude.











































