O Tesouro Nacional divulgou, na quinta-feira (5), o resultado da terceira emissão de títulos soberanos sustentáveis do Brasil no mercado internacional. A operação, realizada nos Estados Unidos, resultou na captação de US$ 2,25 bilhões, por meio da emissão do novo título Global 2033 Sustentável e da reabertura do Global 2035.
Detalhes do novo título sustentável
O Global 2033 Sustentável, com vencimento em 4 de fevereiro de 2033, foi emitido no valor de US$ 1,5 bilhão. O título paga juros de 5,75% ao ano e tem um cupom de 5,5% anual, a ser pago semestralmente.
O novo papel está destinado a financiar projetos sociais e ambientais e teve um spread de 187,4 pontos-base (1,874 ponto percentual) acima do título do Tesouro dos Estados Unidos. O Tesouro Nacional destacou que este prêmio de risco é historicamente baixo, o que reflete uma percepção favorável do mercado internacional sobre a credibilidade fiscal do Brasil.
Os recursos captados com o título sustentável serão alocados em despesas elegíveis nas áreas ambiental e social, seguindo o Arcabouço Brasileiro para Títulos Soberanos Sustentáveis. A alocação seguirá intervalos indicativos de 50% a 60% para gastos ambientais e 40% a 50% para gastos sociais.
Reabertura do Global 2035
Além do título sustentável, o governo ampliou em US$ 750 milhões o volume do título tradicional Global 2035, que havia sido lançado em fevereiro de 2025. Com a reabertura, o título, que tem vencimento em 15 de março de 2035, soma agora US$ 4,5 bilhões em circulação e paga juros de 6,2% ao ano.
Forte demanda por títulos brasileiros
De acordo com o Tesouro Nacional, a operação demonstrou uma forte confiança dos investidores, registrando uma demanda aproximadamente três vezes superior ao volume ofertado, com o livro de ordens atingindo cerca de US$ 6,7 bilhões. Mais de 150 investidores participaram da emissão, com 74% da alocação concentrada em investidores da Europa e da América do Norte, incluindo fundos com foco em critérios ESG (ambiental, social e de governança).
O Tesouro ressaltou que a nova emissão é estratégica, pois contribui para a diversificação da base de investidores e para o alongamento do prazo médio da Dívida Pública Federal. A liquidação financeira da operação está prevista para 14 de novembro, data em que os recursos serão incorporados às reservas internacionais do Brasil.











































