A Controladoria-Geral da União (CGU) instaurou 40 novos Processos Administrativos de Responsabilização (PAR) para investigar descontos ilegais em benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Os processos são direcionados a 38 entidades e três empresas que são suspeitas de cobrar mensalidades associativas de milhões de aposentados e pensionistas sem autorização.
A CGU explicou que há indícios de que as entidades e empresas fraudaram as fichas de filiação dos beneficiários. As empresas Soluções Power BI Software Tecnologia e Internet, CONFIA e Dataqualify são acusadas de desenvolver ferramentas para criar as fichas fraudulentas. O órgão também identificou irregularidades como tentativas de cobrar de pessoas já falecidas e a recusa de entregar documentos a auditorias.
Os 40 novos processos se juntam a outros 12 que investigam suspeitas de que agentes públicos receberam propina de dirigentes das entidades envolvidas. O PAR é um mecanismo da Lei Anticorrupção que responsabiliza as empresas por atos de seus funcionários, podendo resultar em multas e outras sanções. As associações terão a chance de se defender no processo.