O governo brasileiro condenou a morte de seis jornalistas da Al Jazeera em um ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza. O Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota nesta segunda-feira (11) afirmando que o ato é uma “flagrante violação ao direito internacional humanitário e ao exercício da liberdade de imprensa”. O Brasil instou Israel a garantir que jornalistas possam trabalhar em segurança e a suspender as restrições de entrada de profissionais da imprensa internacional em Gaza. O ataque ocorreu em uma tenda perto do Hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza.
Israel Alega Ligação com Grupo Armado
Um dos jornalistas mortos foi Anas Al-Sharif, de 28 anos. Israel alegou que ele era um terrorista e líder de uma célula do Hamas. As Forças de Defesa de Israel afirmaram que encontraram documentos que comprovariam a acusação, uma tese que já foi contestada pela ONU. A Al Jazeera, por sua vez, classificou o ataque como uma “tentativa desesperada de silenciar vozes” diante da iminente ofensiva israelense em Gaza, onde uma crise de fome se agrava.
Impacto do Conflito na Imprensa
A nota do governo brasileiro destaca que o número de jornalistas mortos em Gaza desde o início do conflito, em outubro de 2023, ultrapassa 240. O governo de Israel não permite a entrada de veículos de comunicação internacionais em Gaza, o que limita a cobertura. O ataque de domingo vitimou também os jornalistas Mohammed Qreiqeh, Ibrahim Zaher e Mohammed Noufal.