As contas públicas do Brasil registraram déficit primário de R$ 14,4 bilhões em novembro, segundo dados divulgados pelo Banco Central. O valor representa um aumento em relação ao mesmo mês de 2024, quando o déficit havia sido de R$ 6,6 bilhões, ampliando o alerta para o desempenho fiscal do país.
O Governo Central respondeu por R$ 16,9 bilhões do resultado negativo, enquanto as estatais somaram déficit de R$ 2,9 bilhões. Em contrapartida, os governos regionais apresentaram superávit de R$ 5,3 bilhões, amenizando o resultado consolidado das contas públicas.
No acumulado dos últimos 12 meses até novembro, o déficit primário chegou a R$ 45,5 bilhões, o equivalente a 0,36% do PIB. Um mês antes, no acumulado até outubro, o rombo era de R$ 37,7 bilhões, ou 0,30% do PIB, indicando piora gradual nas finanças.
Além disso, os juros nominais do setor público atingiram R$ 87,2 bilhões em novembro. No período de 12 meses, o total pago em juros chegou a R$ 981,9 bilhões, cerca de 7,77% do PIB. Em 2024, o montante era levemente menor: R$ 918,2 bilhões, ou 7,83% do PIB.
O resultado nominal, que combina o déficit primário e os juros, também foi negativo: R$ 101,6 bilhões em novembro. No acumulado de 12 meses, o déficit nominal alcançou R$ 1,027 trilhão, equivalente a 8,13% do PIB, mantendo o patamar observado em outubro.
O Tesouro Nacional divulgou dados diferentes no início da semana — déficit de R$ 20,2 bilhões em novembro —, reflexo das distintas metodologias e escopos adotados pelas instituições para calcular as contas públicas.











































