Rondônia registrou uma queda significativa de 9,2% nas mortes por aids entre 2023 e 2024, passando de 108 para 98 óbitos. O resultado acompanha a tendência nacional de redução, com o Brasil alcançando o menor número de mortes em 32 anos, conforme dados do novo Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde.
Os avanços são impulsionados por medidas como ampliação da testagem, oferta de terapias modernas no SUS e fortalecimento da prevenção combinada. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou que o país eliminou, como problema de saúde pública, a transmissão vertical do HIV, quando ocorre da mãe para o bebê.
“Esse resultado só foi possível porque o SUS oferece gratuitamente as tecnologias mais modernas de prevenção, diagnóstico e tratamento”, afirmou o ministro, celebrando o marco histórico.
Em 2024, Rondônia contabilizou 356 casos de aids, enquanto o Brasil reduziu o total nacional de 37,5 mil para 36,9 mil casos – queda de 1,5%. No componente materno-infantil, também houve redução de gestantes com HIV e de crianças expostas ao vírus.
A eliminação da transmissão vertical foi alcançada ao manter indicadores como:
- taxa de transmissão abaixo de 2%;
- incidência infantil menor que 0,5 por mil nascidos vivos;
- mais de 95% de cobertura em pré-natal, testagem e tratamento de gestantes.
Prevenção combinada e diagnóstico ampliado
O país reforça estratégias como PrEP, PEP, preservativos e autotestes. Desde 2023, o número de usuários da PrEP cresceu mais de 150%, alcançando 140 mil pessoas. Houve ainda a aquisição de 6,5 milhões de duo testes para HIV e sífilis e distribuição de 780 mil autotestes.
No tratamento, o SUS oferece gratuitamente o esquema de comprimido único (lamivudina + dolutegravir), utilizado por mais de 225 mil pessoas — abordagem que melhora adesão e reduz efeitos adversos.
Esses avanços aproximam o Brasil das metas globais 95-95-95, das quais já cumpre dois pilares: diagnóstico e tratamento.
Investimentos sociais e participação da sociedade civil
O Ministério da Saúde lançou editais que somam R$ 9 milhões destinados a organizações da sociedade civil, reforçando a governança da resposta ao HIV. Também ampliou comitês consultivos e criou um grupo interministerial focado na eliminação de doenças determinadas socialmente.











































