A Polícia Civil de São Paulo já identificou e solicitou à Justiça a prisão de dois suspeitos da execução do ex-delegado-geral Ruy F. F. A informação foi confirmada pelo secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. O crime aconteceu na última segunda-feira (15), em Praia Grande, litoral paulista, e a vítima foi morta com ao menos 21 disparos de fuzil.
Segundo o secretário, a identificação dos suspeitos foi possível porque um segundo veículo usado no crime, um Jeep Renegade, não foi completamente incendiado. A Polícia Técnico-Científica conseguiu coletar material, incluindo impressões digitais, que levou à identificação dos envolvidos.
Guilherme Derrite afirmou que um dos suspeitos já foi preso quatro vezes, sendo duas por tráfico de drogas e duas por roubo. “Todos que participaram desse atentado terrorista, porque é isso que aconteceu contra o doutor Ruy, serão punidos severamente por isso”, declarou o secretário.
Atuação contra o PCC é a principal linha de investigação
As autoridades trabalham com a principal hipótese de que a morte de Ruy F. F. foi uma vingança do Primeiro Comando da Capital (PCC). O ex-delegado, que comandou a Polícia Civil entre 2019 e 2022, era um dos principais inimigos da facção criminosa, contra a qual atuou por mais de 20 anos.
Ruy Ferraz teve papel fundamental na prisão de Marcos W. H. C., o Marcola, e no combate à facção no início dos anos 2000. O governador Tarcísio de Freitas determinou uma força-tarefa integrada das polícias Civil e Militar para investigar o caso. “É muita ousadia. Uma ação muito planejada”, afirmou o governador.