Um estudo do Observatório Nacional da Indústria, ligado à Confederação Nacional da Indústria (CNI), identificou 16 profissões que serão as mais demandadas pelo setor industrial até 2035. A análise, divulgada em 14 de setembro de 2025, no Rio de Janeiro, revela que a indústria brasileira está em transformação, com a automação de funções operacionais e a necessidade de profissionais mais analíticos e criativos.
Segundo Márcio Guerra, superintendente do observatório, as novas ocupações exigirão habilidades como fluência digital, análise de dados e resolução de problemas complexos. O levantamento divide as profissões entre nível técnico e superior, destacando áreas como cibersegurança, inteligência artificial, energias renováveis e sustentabilidade.
Lista de profissões do futuro na indústria
O estudo detalha as 16 ocupações que prometem ganhar destaque no mercado de trabalho industrial. Na área técnica, a pesquisa lista profissões como:
Técnico em microrredes e energias renováveis
Técnico em cibersegurança industrial
Técnico em manufatura aditiva (impressão 3D)
Técnico em manutenção preditiva
Técnico em internet industrial das coisas (IIoT) e conectividade industrial
Técnico em operação de robôs e drones autônomos
Técnico em realidade aumentada/virtual (RA/RV)
Técnico em sensoriamento remoto e geotecnologias
Para o nível superior, a demanda será por:
Gerente de inovação aberta e colaborativa
Gestor de sustentabilidade e economia circular
Especialista em gêmeos digitais e modelagem virtual
Especialista em governança algorítmica e ética digital
Cientista de dados industrial
Engenheiro de machine learning e IA industrial
Engenheiro de edge computing
Arquiteto de soluções blockchain para cadeia de suprimentos
Tecnologias que impulsionam as mudanças
O estudo também aponta as tecnologias que devem se difundir na indústria, como a inteligência artificial, internet das coisas, gêmeos digitais e blockchain. Essas inovações, de acordo com os pesquisadores, atuarão como “elementos centrais na redefinição de processos produtivos e modelos de negócio”. A CNI estima que, em uma década, 60% das indústrias terão necessidade por técnicos em cibersegurança industrial.
A implementação dessas tecnologias demanda que os trabalhadores desenvolvam novas habilidades para interagir com máquinas inteligentes e analisar dados, em um cenário em que “não se trata apenas de operar máquinas, mas de compreender os sistemas que as conectam”.