A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o general da reserva Braga Netto a 26 anos de prisão em regime fechado. A decisão, tomada no âmbito da ação penal da trama golpista, confirma a participação do militar nos eventos que visavam impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Braga Netto já estava preso desde dezembro do ano passado, sob a acusação de obstruir as investigações.
O colegiado do STF condenou o general pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e deterioração de patrimônio tombado. A sentença faz parte da fase de dosimetria das condenações dos oito réus do caso.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), Braga Netto foi acusado de participar da elaboração de uma operação clandestina chamada “Copa 2022”, que planejava o sequestro e homicídio do ministro Alexandre de Moraes. Em depoimento de delação premiada, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, afirmou que o general lhe entregou dinheiro para financiar as ações do plano golpista.