O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, votou pela condenação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, pelo crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O voto foi proferido nesta quarta-feira (10) e faz parte do julgamento da ação da trama golpista para reverter o resultado das eleições de 2022.
Fux argumentou que, apesar de estar na condição de delator, Cid não agiu apenas como ajudante. O ministro destacou que o réu trocou mensagens com militares sobre o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes e participou de uma reunião na casa do general Braga Netto, onde teria sido repassado dinheiro para o financiamento da tentativa de golpe.
Outras condutas de Mauro Cid
Luiz Fux absolveu o réu das acusações de golpe de Estado e dano ao patrimônio público, relacionadas aos atos de 8 de janeiro de 2023. A pena para o crime de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito ainda não foi anunciada, mas pode chegar a 30 anos de prisão.
O voto de Fux é o terceiro no julgamento. Os demais réus no processo são:
Jair Bolsonaro
Alexandre Ramagem
Almir Garnier
Anderson Torres
Augusto Heleno
Paulo Sérgio Nogueira
Walter Braga Netto