O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, utilizou a frase “a Justiça é cega, mas não é tola” para fundamentar a decisão que decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, 4 de agosto de 2025. O ministro afirmou que a Justiça não permitirá que um réu a faça de tola, e que “a Justiça é igual para todos”. A medida foi tomada após Moraes considerar que Bolsonaro descumpriu, pela segunda vez, as medidas cautelares impostas a ele.
Moraes ressaltou que as “condutas de Jair Messias Bolsonaro desrespeitando, deliberadamente, as decisões proferidas por esta Suprema Corte, demonstram a necessidade e adequação de medidas mais gravosas de modo a evitar a contínua reiteração delitiva do réu”.
Entenda a decisão
No mês passado, o ministro havia determinado diversas medidas cautelares contra Bolsonaro, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de utilizar redes sociais, mesmo por meio de terceiros. A decisão mais recente foi motivada pela publicação, nas redes sociais dos filhos de Bolsonaro, Flávio, Carlos e Eduardo, de postagens de agradecimento aos apoiadores que participaram de atos em seu favor no último domingo.
As medidas cautelares estão relacionadas a um inquérito que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro junto ao governo dos Estados Unidos para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do STF. Além disso, Bolsonaro é réu na ação penal da trama golpista.