O cantor Marlon Brendon Coelho Couto da Silva, mais conhecido como MC Poze do Rodo, tornou-se réu na Justiça do Rio de Janeiro pelas acusações de tortura e extorsão mediante sequestro contra seu ex-empresário, Renato Antonio Medeiros. A decisão foi proferida pelo juiz Guilherme Schilling Duarte, da 11ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça, que aceitou a denúncia do Ministério Público. Apesar disso, o magistrado negou o pedido de prisão preventiva, permitindo que o artista e os outros seis réus no processo respondam em liberdade.
A denúncia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) detalha que as agressões ocorreram em fevereiro de 2023, na residência de MC Poze, localizada em Vargem Grande, na zona oeste do Rio. Segundo o relato, a vítima foi submetida a agressões físicas e psicológicas, incluindo socos, chutes e queimaduras, para forçá-la a confessar a suposta subtração de parte de uma pulseira de ouro. Mesmo após devolver o objeto, o ex-empresário teria sido mantido em cárcere privado por cerca de 90 minutos, resultando em fraturas e lesões permanentes.
O advogado do cantor, Fernando Henrique Cardoso Neves, expressou confiança na inocência de seu cliente e destacou na nota que a decisão judicial de negar a prisão preventiva demonstra que MC Poze “respeita de forma incontestável todas as decisões do Poder Judiciário”. Em maio de 2025, o cantor chegou a ser preso por apologia ao tráfico, mas foi solto cinco dias depois por decisão judicial.