O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, afirmou hoje que Israel não irá anexar a Cisjordânia ocupada. A declaração foi dada em Washington, após uma votação preliminar no Parlamento israelense que aprovou a incorporação do território.
“Israel não vai fazer nada com a Cisjordânia, não se preocupem com isso”, disse Trump em entrevista na Casa Branca.
Na quarta-feira (22), o Parlamento israelense aprovou a proposta em uma sessão preliminar. Foram 25 votos a favor e 24 contra. Este é o primeiro de quatro passos necessários no Knesset (assembleia legislativa de Israel) para que o projeto se torne lei.
Posição dos EUA e alerta de Trump
O vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, já havia classificado a proposta de anexação da Cisjordânia como “estúpida”. Vance estava em visita a Israel para supervisionar o acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por sua vez, garantiu que a aprovação da iniciativa foi “uma provocação deliberada” da oposição. O objetivo seria criar discórdia durante a visita do vice-presidente Vance.
Trump já havia alertado Israel que o país perderia o apoio norte-americano se tomasse a decisão de anexar o território. Em entrevista à revista Time, divulgada hoje, ele repetiu três vezes: “Isso não vai acontecer”.
O projeto e o controle israelense
A proposta israelense afirma que “o Estado de Israel aplicará as suas leis e soberania às áreas de assentamento na Judeia e Samaria, para estabelecer o estatuto dessas áreas como parte inseparável do Estado soberano de Israel”. A iniciativa foi rejeitada pela Espanha, Catar, Turquia e outros países.
Na Cisjordânia, a Autoridade Nacional Palestina (ANP), liderada por Mahmoud Abbas, mantém o governo. A maior parte do território (Área C) está sob controle militar e civil de Israel desde os acordos de Oslo.
Centenas de postos de controle militares israelenses limitam a livre circulação dos palestinos, proibindo a muitos a entrada em Jerusalém e outros centros urbanos.
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