Um bombardeio russo recente contra a infraestrutura de energia deixou centenas de milhares de pessoas na região de Chernihiv, na Ucrânia, sem eletricidade nesta terça-feira, 21 de outubro de 2025. O ataque também afetou o fornecimento de água para alguns moradores. As autoridades ucranianas informaram que os reparos estão lentos por conta da persistente ameaça de ataques de drones russos.
O Ministério da Energia da Ucrânia detalhou que a capital regional, Chernihiv, e a porção norte da província perderam completamente o fornecimento de eletricidade. O ataque, que também mirou a vizinha região de Sumy, é o mais recente em uma série de bombardeios russos contra a rede elétrica ucraniana, realizados antes da chegada do inverno.
Ataques contínuos impedem reparos
O Ministério da Energia, em comunicado via Telegram, acusou a Rússia de usar drones para sobrevoar instalações danificadas. Essa tática impede o início imediato dos trabalhos de restauração, prolongando deliberadamente a crise humanitária na região de Chernihiv.
As equipes de emergência não conseguem começar a atuar na restauração do fornecimento de energia devido aos ataques contínuos de drones russos. A região, que tinha cerca de 1 milhão de habitantes antes da guerra, tem sido atingida por mísseis e drones, o que causa apagões e perturba a vida cotidiana.
Reações e contexto do ataque
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, confirmou no Telegram, horas depois, que os reparos estavam em andamento. Ele condenou a ação, afirmando que a tática da Rússia é “assassinar pessoas e aterrorizá-las com o frio”.
O ministro das Relações Exteriores, Andrii Sybiha, também se manifestou na rede social X, criticando o presidente russo, Vladimir Putin. Sybiha disse que Putin finge estar aberto à diplomacia, mas lança ataques brutais de mísseis e drones, deixando comunidades sem energia e água em meio às baixas temperaturas do outono. A Rússia, por sua vez, sustenta que as instalações de energia ucranianas são um alvo militar legítimo na guerra iniciada em 2022.