As forças russas intensificaram seus ataques contra a Ucrânia. Desde a noite de terça-feira (2), mais de 500 drones e 24 mísseis de cruzeiro foram lançados, informaram as autoridades militares ucranianas. A Força Aérea da Ucrânia confirmou que três mísseis e 69 drones de ataque atingiram 14 localidades, e os destroços dos projéteis abatidos caíram em outras 14 áreas.
Os bombardeios causaram feridos e danificaram residências e infraestruturas civis, especialmente no oeste do país. Na região de Chernihiv, por exemplo, 30 mil pessoas ficaram sem energia elétrica após um ataque a infraestruturas civis, conforme relatou o chefe da administração militar, Vyacheslav Tchaus.
Zelensky pede resposta mundial
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou o ataque como uma demonstração russa de impunidade. Ele pediu uma resposta global e solicitou aos aliados que aumentem a pressão sobre a “economia de guerra” de Moscou. O pedido foi feito antes de uma reunião com representantes de países bálticos e nórdicos na Dinamarca.
Recentemente, a taxa de interceptação de defesa aérea da Ucrânia tem diminuído, o que contrasta com o sucesso anterior em neutralizar quase 100% dos ataques inimigos. O presidente russo, Vladimir Putin, já havia ameaçado iniciar uma nova campanha de bombardeios contra o setor de energia da Ucrânia, como retaliação aos ataques de Kiev a refinarias e outras infraestruturas russas.
Em resposta, o Ministério da Defesa russo declarou que as defesas aéreas russas abateram 105 drones ucranianos em cinco regiões do país e na Crimeia durante a madrugada. Um desses ataques causou a interrupção temporária do fornecimento de energia perto de uma estação ferroviária na região de Rostov, atrasando 26 comboios.