Um dos piores terremotos da história recente do Afeganistão matou mais de 800 pessoas e deixou cerca de 2.800 feridos nesta segunda-feira (1º). O tremor de magnitude 6.0 ocorreu por volta da meia-noite e destruiu vilarejos inteiros, principalmente nas províncias de Kunar e Nangarhar.
As equipes de resgate enfrentam dificuldades para chegar a áreas montanhosas e remotas sem acesso a redes de telefonia. Helikopteros estão sendo usados para transportar feridos, enquanto equipes vasculham escombros em busca de sobreviventes.
Apelo por Ajuda Internacional
Sharafat Zaman, porta-voz do Ministério da Saúde em Cabul, fez um apelo urgente por ajuda internacional. “Precisamos de ajuda porque aqui muitas pessoas perderam suas vidas e casas”, afirmou à agência de notícias Reuters. O desastre agrava a situação do país, que já enfrenta crises humanitárias e uma grande queda no financiamento internacional.
O porta-voz do governo, Zabihullah Mujahid, informou que todas as equipes estão mobilizadas para acelerar a assistência. Três vilarejos foram completamente destruídos em Kunar, com danos substanciais em muitas outras áreas.
Crise Humanitária
O terremoto é o terceiro grande desastre natural a atingir o Afeganistão desde que o Talibã assumiu o poder em 2021. Desde então, o financiamento internacional ao país diminuiu drasticamente, de US$ 3,8 bilhões em 2022 para US$ 767 milhões este ano. Segundo a ONU, mais da metade da população afegã precisa de assistência humanitária urgente.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou em uma postagem no X (antigo Twitter) que a missão da ONU no Afeganistão está se preparando para auxiliar as pessoas nas áreas afetadas.