Israel aprovou de forma definitiva o plano de expansão de um assentamento perto de Jerusalém Oriental, uma medida que está gerando grande polêmica. A decisão, confirmada pelo ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, autoriza a construção de 3.410 casas na área conhecida como E1, que pertence à Cisjordânia ocupada. O projeto, que impede o acesso à cidade a partir do território palestino, é considerado uma ação que dificulta o estabelecimento de um Estado Palestino contíguo.
O assentamento aprovado pertence a Ma’ale Adummim, que é o terceiro mais populoso da Cisjordânia. Considerados ilegais pelo direito internacional, os assentamentos judaicos têm sido alvo de críticas de organizações de direitos humanos. A ONG israelense Ir Amim afirma que a decisão é uma medida consciente de Israel para implementar um “regime de apartheid” e pede uma resposta efetiva da comunidade internacional.
Contexto da decisão
O plano da área E1 já havia sido rejeitado por Israel no passado, devido à pressão internacional que temia que a expansão dos assentamentos inviabilizasse um futuro Estado Palestino. No entanto, com a ascensão de uma coalizão com a extrema-direita, o governo de Benjamin Netanyahu aprovou um número recorde de novos assentamentos.
A decisão acontece em um momento em que vários países, como França, Reino Unido e Portugal, planejam reconhecer o Estado da Palestina na próxima Assembleia-geral das Nações Unidas, em setembro, o que tem gerado protestos de autoridades israelenses.