O movimento islâmico palestino Hamas aceitou uma nova proposta de cessar-fogo que pode levar a uma trégua de 60 dias na Faixa de Gaza. A informação foi confirmada por uma autoridade palestina nesta segunda-feira (18). O acordo também prevê a libertação dos reféns israelenses em duas etapas. Os esforços de mediação, liderados por Egito, Catar e Estados Unidos, ganham força em um momento crítico, enquanto o exército israelense se prepara para uma ofensiva terrestre.
A proposta, que retoma um plano anterior, prevê que a primeira fase inclua a libertação de dez reféns e a devolução de corpos de cativos. Em seguida, uma segunda etapa envolveria negociações para um acordo mais amplo, com o objetivo de pôr fim definitivo ao conflito. Segundo uma fonte da Jihad Islâmica, grupo aliado do Hamas, a aceitação do plano busca “contrariar o plano de Israel de invadir Gaza”.
Israel e EUA discutem os próximos passos
Agora, a proposta de cessar-fogo foi encaminhada a Tel Aviv. O Egito, um dos mediadores, declarou que “a bola está do lado israelense”. A situação é complexa, pois o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, havia afirmado anteriormente que só aceitaria um acordo que resultasse na libertação de todos os reféns e no fim da guerra, sob suas condições.
Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump comentou a situação, afirmando que a libertação dos reféns só ocorrerá “enquanto o Hamas não for confrontado e destruído!”. Netanyahu, por sua vez, enfrenta pressão da opinião pública e da comunidade internacional para pôr fim ao sofrimento da população de Gaza, que está sob ameaça de “fome generalizada”, segundo a ONU.