O Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião de emergência neste domingo (10), em Lisboa, para debater o plano militar de Israel para a Faixa de Gaza. Dezenas de países condenaram a proposta, enquanto os Estados Unidos defenderam a autonomia de Israel para tomar decisões sobre sua segurança.
O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, fez um apelo para que o Conselho agisse para “travar o genocídio”, acusando Israel de prolongar a guerra para impedir a criação de um Estado palestino. O diplomata afirmou que “Israel está a matar a Palestina em Gaza” e que mais de 60.000 palestinos foram mortos desde outubro de 2023.
Divergência entre Membros do Conselho
A reunião extraordinária foi convocada pelos membros europeus do Conselho. Quatro dos cinco membros permanentes – Rússia, China, França e Reino Unido – questionaram o plano de Israel. No entanto, os Estados Unidos, por meio da representante Dorothy Shea, defenderam que o país tem o “direito” de decidir o que é necessário para sua segurança.
Shea também acusou outros países de “espalharem mentiras” e negou que estivesse ocorrendo um genocídio em Gaza, classificando a alegação como “categoricamente falsa”. Já o representante adjunto de Israel, Jonathan Miller, afirmou que o país “não tem planos nem vontade de ocupar Gaza de forma permanente”.
Netanyahu Confirma Nova Ofensiva
Enquanto a reunião acontecia na ONU, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou em uma coletiva de imprensa em Jerusalém que uma nova ofensiva seria lançada “muito em breve”. A ação militar tem como alvo a Cidade de Gaza e campos de refugiados no centro e sul do enclave, que são considerados por Israel os últimos bastiões do Hamas.