O Reino Unido e mais de 20 outros países, incluindo França, Itália, Japão, Austrália, Canadá e Dinamarca, emitiram um apelo nesta segunda-feira (21) pelo fim imediato da guerra em Gaza. Eles também criticaram duramente o modelo de distribuição de ajuda humanitária do governo israelense, após centenas de palestinos serem mortos perto de locais de distribuição de alimentos.
Os ministros das Relações Exteriores dos países signatários condenaram o que chamaram de “distribuição de ajuda por gotejamento e assassinato desumano de civis”, afirmando que mais de 800 palestinos foram mortos enquanto buscavam assistência. A maioria dessas mortes ocorreu nas proximidades dos locais da Fundação Humanitária de Gaza (GHF), apoiada pelos Estados Unidos e Israel para assumir a distribuição de ajuda, em substituição a uma rede liderada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Críticas ao Modelo de Ajuda Israelense
Em uma declaração conjunta, os países afirmaram que “o modelo de distribuição de ajuda do governo israelense é perigoso, alimenta a instabilidade e priva os habitantes de Gaza da dignidade humana”. Esse apelo, que vem de países aliados de Israel e de seu principal apoiador, os EUA, destaca a crescente preocupação internacional com a situação humanitária na região.
A Fundação Humanitária de Gaza utiliza empresas privadas de segurança e logística dos EUA para transportar suprimentos para Gaza. Este método contorna o sistema liderado pela ONU, que Israel alega ter sido explorado por militantes do Hamas para saquear carregamentos de ajuda destinados a civis, acusação negada pelo Hamas. No entanto, a ONU considera o modelo da GHF inseguro e uma violação dos padrões de imparcialidade humanitária, o que a GHF também nega.