A União Europeia (UE) e Israel chegaram a um acordo nesta quinta-feira, 10 de julho de 2025, para “expandir o apoio humanitário” na Faixa de Gaza. A alta-representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Kaja Kallas, anunciou que a medida inclui a abertura de mais pontos de passagem, aumento no envio de caminhões com alimentos e suporte humanitário, reparo de infraestruturas vitais e proteção de trabalhadores humanitários.
Segundo Kallas, o acordo entrará em vigor “nos próximos dias” e reflete um “entendimento comum” entre os 27 países do bloco e Tel Aviv de que o apoio humanitário “tem de ser disponibilizado diretamente à população”, sem desvio para o movimento Hamas, que administra o território. Os pontos de acesso a Gaza que serão reabertos incluem os da Jordânia e do Egito, além de outros ao sul do enclave.
O comunicado detalha que a distribuição de alimentos será feita por meio de “padarias e cozinhas públicas na Faixa de Gaza”, e que haverá retomada da distribuição de combustível e da operação das estações de dessalinização da água. Kaja Kallas expressou a expectativa de que Israel implemente “cada medida acordada”.
A Faixa de Gaza está sob ocupação israelense desde o final de 2023, após a invasão de Tel Aviv, que alegou a necessidade de resgatar reféns do atentado de 7 de outubro de 2023, perpetrado pelo grupo islâmico Hamas. No entanto, a intervenção militar israelense tem sido considerada desproporcional por diversos países, incluindo a UE, organizações não governamentais e a representante das Nações Unidas que observa os territórios palestinos ocupados, Francesca Albanese. A África do Sul, inclusive, acusou Israel de genocídio no Tribunal de Justiça Internacional.