O mercado financeiro reduziu, pela segunda semana consecutiva, a expectativa de inflação para 2025. O percentual projetado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, passou de 4,81% para 4,80%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central (BC).
Há quatro semanas, a projeção para o ano era de 4,85%. Apesar da queda, a estimativa atual ainda se mantém acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5% (meta central de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual).
Para os anos subsequentes, o mercado projeta inflação de 4,28% em 2026 e 3,90% em 2027.
O principal instrumento do BC para tentar conter a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. O mercado projeta a manutenção da Selic em 15% ao ano pela 15ª semana consecutiva. A taxa elevada visa conter a demanda aquecida, encarecendo o crédito e desestimulando o consumo. O Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que a taxa atual deverá ser mantida por um “período bastante prolongado”.
Em relação à economia, o mercado financeiro manteve a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 em 2,16% pela quarta semana seguida. Para 2026, a estimativa se manteve em 1,80% e para 2027, em 1,90%.
O Boletim Focus também apresentou expectativas de queda na cotação do dólar. O mercado projeta que a moeda norte-americana fechará 2025 cotada a R$ 5,45, uma redução em relação à projeção de R$ 5,48 da semana anterior.
A prévia da inflação oficial de setembro, o IPCA-15, foi de 0,48%, impactada principalmente pelo preço da energia elétrica. No entanto, o preço dos alimentos registrou queda pelo quarto mês seguido, com recuo de 0,35% em setembro. Em 12 meses, o IPCA-15 acumula 5,32%.