O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou nesta quinta-feira (18) que os Correios devem seguir sob controle estatal, mas precisam de parcerias estratégicas. O objetivo é utilizar a presença da empresa em todos os municípios brasileiros para oferecer serviços financeiros, como seguros e previdência.
A medida surge em meio a uma crise financeira profunda na estatal. O prejuízo dos Correios saltou de 633 milhões de reais em 2023 para uma estimativa de até 10 bilhões de reais no fechamento de 2025. Haddad afirmou que o governo prepara um plano de recuperação estrutural.
O ministro descartou empréstimos com juros abusivos, definindo que o Tesouro Nacional não dará garantias para taxas acima de 120% do CDI. Segundo ele, o aporte financeiro servirá para resolver gargalos operacionais e não apenas para adiar o déficit acumulado pela companhia.
Governo descarta privatização da estatal
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou hoje que não privatizará os Correios durante seu mandato. O presidente admitiu a possibilidade de adotar um modelo de economia mista, semelhante ao da Petrobras, mantendo o controle acionário com a União.
Lula atribuiu o agravamento da situação financeira a gestões equivocadas e destacou a importância estratégica da empresa para a integração nacional. Mudanças na diretoria já foram realizadas para acelerar o processo de auditoria e saneamento das contas da estatal.
Investimentos em tecnologia e energia
Além dos Correios, Haddad comentou sobre investimentos necessários em outras áreas, como o novo sistema tributário do Serpro. O projeto, orçado em 2 bilhões de reais, processará um volume de informações 140 vezes maior que o do Pix para monitorar tributos em tempo real.
O ministro também mencionou que uma solução definitiva para a Eletronuclear será apresentada nas próximas semanas. A empresa passou por impasses judiciais após a venda de participação acionária, e o governo busca agora uma saída estrutural para a companhia de energia.










































