A vereadora Helen Cabral (PT), de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, denunciou ter sido vítima de violência política de gênero na Câmara Municipal. O incidente ocorreu durante a Sessão Plenária Ordinária da última terça-feira, 2 de dezembro, enquanto a parlamentar discursava sobre a falta de transparência do Executivo e defendia os direitos dos servidores em relação ao parcelamento do 13º salário.
A vereadora acusou o colega Tony Oliveira (da base do governo) de atacá-la. Em nota, ela afirmou que o parlamentar, “aos gritos, abandonou o debate democrático e partiu pra cima de forma violenta, em clara tentativa de intimidação”.
Ataque Misógino e Exigência de Medidas
Helen Cabral considerou o episódio o “mais grave ato de violência política de gênero já sofrido pela vereadora dentro da Câmara”. Na avaliação dela, a agressão ocorreu por ela ser mulher ocupando um espaço de poder, e não por divergência de ideias. O fato ocorreu justamente durante a 5ª Semana Municipal de Não Violência Contra a Mulher.
Em vídeo postado nas redes sociais, a vereadora cobrou providências da Mesa Diretora. “A violência de gênero é crime e quero saber o que a presidência vai fazer. A violência contra esta vereadora é contra todas as mulheres dessa casa. E não admito continuar sofrendo violência de gênero neste parlamento”, declarou Helen Cabral.
Todas as medidas institucionais e legais estão sendo tomadas. A vereadora comunicou a Mesa Diretora exigindo providências e registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia da Mulher. O objetivo é responsabilizar o agressor e prevenir que a violência política de gênero se repita. A Câmara Municipal de Santa Maria e o vereador Tony Oliveira não responderam ao contato da imprensa.











































