O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (24) em Jacarta que o Brasil está trabalhando para se tornar membro pleno da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean). A declaração foi feita após reunião com o secretário-geral da entidade, Kao Kim Hourn.
A viagem do presidente à região visa ampliar o comércio brasileiro com o mercado de 680 milhões de habitantes do bloco. “O Brasil tem de acreditar na sua economia, nós vivemos um bom momento econômico brasileiro”, disse Lula.
Busca por parcerias e investimentos
O Brasil já é o único país latino-americano a manter uma Parceria de Diálogo Setorial com a Asean, estabelecida em 2023. O comércio do Brasil com os países da Asean superou US$ 37 bilhões no ano passado, e o bloco, se fosse um país, seria o quinto principal parceiro comercial brasileiro.
O presidente reforçou que busca aumentar a balança comercial e atrair novos investimentos para o Brasil, além de fortalecer o multilateralismo. “Nesse mundo confuso, quanto mais parcerias econômicas nós tivermos, melhor”, afirmou Lula.
Em seguida, o presidente embarcou para Kuala Lumpur, na Malásia, onde participará da cúpula da Asean e do encontro de líderes do Leste Asiático (EAS). Será a primeira vez que um chefe de Estado brasileiro estará presente nesta cúpula.
Cooperação e COP30
Durante o encontro, Lula destacou o potencial da cooperação em bioenergia e expressou a intenção de ampliar a pauta para saúde e educação em 2026. Ele também convidou o presidente da Asean a participar da Cúpula de Líderes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorrerá em Belém.
Na quinta-feira (23), Lula foi recebido em visita oficial pelo presidente da Indonésia, Prabowo Subianto. Na ocasião, foram firmados oito acordos em áreas como energia, agricultura e ciência e tecnologia, além de diversos instrumentos no setor privado com foco em transição energética.










































