O presidente Luís Inácio Lula da Silva declarou nesta segunda-feira, 6 de outubro de 2025, que Israel violou as leis internacionais ao interceptar os integrantes da Flotilha Global Sumud, que incluía cidadãos brasileiros. A interceptação ocorreu fora do mar territorial israelense, segundo o presidente.
Em suas redes sociais, Lula afirmou que Israel “segue cometendo violações ao mantê-los detidos em seu país”. A flotilha humanitária foi interceptada por forças navais israelenses no dia 2 de outubro, enquanto levava alimentos, água potável e suprimentos médicos ao povo palestino em Gaza.
Determinação ao Itamaraty
Lula informou que determinou ao Ministério das Relações Exteriores que preste todo o auxílio necessário para garantir a integridade dos brasileiros detidos.
O presidente exigiu que o Itamaraty use “todas as ferramentas diplomáticas e legais, junto ao Estado de Israel, para que essa situação absurda se encerre o quanto antes e possibilite aos integrantes brasileiros da flotilha regressarem a nosso país em plena segurança”.
Condições de Detenção
Em nota divulgada hoje, a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), que integrava a flotilha, denunciou as condições de detenção dos participantes. Segundo ela, os detidos ilegalmente relataram condições degradantes, uso de violência psicológica e falta de tratamento médico adequado.
A nota da parlamentar afirma que alguns participantes, incluindo Luizianne, só receberam medicamentos após pressão diplomática. Eles também relataram que audiências judiciais foram realizadas sem representação legal.