Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) elogiaram a recondução do procurador-geral da República, Paulo Gonet, para mais um mandato de dois anos. O ato, assinado nesta quarta-feira (27) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda precisa de aprovação do Senado para se tornar efetivo.
Durante a sessão do STF, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, parabenizou Gonet e disse que o Brasil tem sorte em tê-lo no cargo. “É um prazer e uma honra para todos nós do plenário do STF ter uma pessoa como Vossa Excelência no exercício deste cargo, que exerce com firme leveza”, afirmou Barroso. O ministro Flávio Dino também se manifestou, esperando uma “apreciação célere do Senado”. O decano Gilmar Mendes se juntou aos elogios, cumprimentando o procurador pela indicação.
Perfil e contexto da recondução
Paulo Gonet, que ingressou no Ministério Público Federal (MPF) em 1987, é formado em direito pela Universidade de Brasília (UnB). Seu mandato atual se encerraria em dezembro deste ano, mas a recondução foi antecipada. A decisão ocorre dias antes do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi denunciado por Gonet como líder de uma trama golpista.
No julgamento, previsto para começar na próxima terça-feira (2), o procurador será responsável pela defesa das condenações de Bolsonaro e de outros sete aliados, que fazem parte do núcleo da investigação sobre a trama golpista.