As presidências da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), representadas pela COP29 (Azerbaijão) e pela COP30 (Brasil), anunciaram nesta quarta-feira, 5 de novembro de 2025, um plano estratégico ambicioso. O objetivo é mobilizar pelo menos US$ 1,3 trilhão por ano em financiamento climático para países em desenvolvimento até o ano de 2035.
Os presidentes Mukhtar Babayev (COP29) e André Corrêa do Lago (COP30) enfatizaram que a meta é alcançável, mas exigirá esforços significativos, tanto de fontes financeiras tradicionais quanto de mecanismos novos e inovadores.
“Os compromissos climáticos para 2030 e 2035 nos oferecem uma oportunidade rara de transformar promessas em desenvolvimento real e sustentável, protegendo o planeta, gerando empregos, fortalecendo comunidades e garantindo prosperidade para todos”, declarou Mukhtar Babayev.
As Cinco Prioridades do Plano
O plano estratégico, denominado Mapa do Caminho de Baku a Belém, estabelece cinco áreas prioritárias de ação, conhecidas como os “5 Rs”. Esses eixos visam garantir que o financiamento climático alcance o patamar de US$ 1,3 trilhão anual:
Reabastecimento de subsídios, financiamento concessional e capital de baixo custo.
Reequilíbrio do espaço fiscal e da sustentabilidade da dívida.
Redirecionamento de financiamento privado transformador e redução do custo de capital.
Reestruturação da capacidade e da coordenação para portfólios climáticos em escala.
Reformulação de sistemas e estruturas para fluxos de capital equitativos.
Esses esforços visam ampliar o acesso dos países em desenvolvimento aos recursos e fortalecer os resultados em áreas-chave, como adaptação, perdas e danos, energia limpa, natureza, sistemas alimentares e transições justas.
Para André Corrêa do Lago, presidente da COP30, este é o início de uma era de transparência no financiamento climático. “Com as 5Rs, o Mapa transforma a urgência científica em um plano prático de cooperação global e resultados efetivos”, afirmou.






































