O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que a escolta do ex-presidente Jair Bolsonaro em seus deslocamentos seja organizada e realizada exclusivamente pela Polícia Federal ou pela Polícia Penal do Distrito Federal. A decisão proíbe a participação de agentes do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) na escolta do ex-presidente, limitando a atuação deles à segurança dos familiares de Bolsonaro.
A medida foi uma resposta a um incidente ocorrido no último domingo (14), quando Bolsonaro deixou um hospital em Brasília. O ministro cobrou esclarecimentos da Polícia Penal sobre o episódio, em que o ex-presidente, apesar de estar em prisão domiciliar e com ordem para deixar o local imediatamente, permaneceu parado do lado de fora do hospital enquanto seu médico concedia uma entrevista.
Moraes justificou sua decisão argumentando que é necessária a “padronização dos deslocamentos” para garantir a segurança e a ordem pública. Ele considerou que o ocorrido no hospital, com desembarque e permanência em local inadequado e a exposição pública, demonstrou a necessidade de um controle mais rigoroso.
Desde 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por determinação de Moraes. A medida cautelar foi imposta no inquérito que investiga a atuação do ex-presidente para promover retaliações contra o governo brasileiro e ministros do STF.