O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, informou que ainda não decidiu se participará da conferência da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Assembleia Geral da ONU, ambas agendadas para setembro em Nova York. Padilha alegou que compromissos locais, como as votações no Congresso Nacional relacionadas ao programa “Agora tem Especialistas”, são o principal motivo da incerteza.
A declaração ocorre no mesmo contexto em que o governo dos Estados Unidos cancelou os vistos de sua esposa e filha de 10 anos. Apesar do ocorrido, o ministro negou que o fato influencie sua decisão, reafirmando que o foco está nos compromissos no Brasil.
Cancelamento de vistos e o Mais Médicos
O cancelamento dos vistos da família do ministro, em 15 de agosto, aconteceu dois dias após o Departamento de Estado norte-americano revogar vistos de outros funcionários do governo brasileiro ligados ao programa Mais Médicos. O ministro Alexandre Padilha reforçou que a ação dos EUA não irá “abalar em nada” a defesa do programa, que visa levar profissionais de saúde a regiões com carência de atendimento no Brasil.
Padilha ainda destacou que, se decidir ir, conta com o respaldo de um acordo internacional que garante o acesso de autoridades a eventos de organismos da ONU, do qual a Opas faz parte. No entanto, ele reiterou que a decisão final dependerá unicamente de sua agenda interna. O ministro classificou o cancelamento dos vistos de sua família como um “ato de covardia”, mas afirmou que a situação já foi superada e que a família se encontrará em outros lugares.