A Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) divulgou uma nota de apoio ao Plano Brasil Soberano, anunciado pelo governo federal em resposta à tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. O setor químico exporta cerca de US$ 2,5 bilhões anuais em insumos para os EUA.
A Abiquim considera o plano importante por incluir não apenas apoio financeiro, mas também ajustes tributários, prorrogação de prazos e medidas de proteção ao emprego. A entidade afirmou que o plano “dialoga com demandas históricas do setor químico”, assim como de seus principais clientes, que transformam os insumos em produtos de maior valor agregado, como plásticos, calçados e alimentos.
Negociações são cruciais
A associação informou que cinco produtos do setor, equivalentes a aproximadamente US$ 1 bilhão em exportações, foram excluídos inicialmente do “tarifaço”. A entidade acredita que outros itens podem ser retirados da lista, o que representaria mais US$ 500 bilhões em vendas. A Abiquim, no entanto, ressalta que essa ampliação depende de “avanços rápidos nas negociações diretas entre os governos brasileiro e americano”.
A indústria química destaca que, caso as tarifas sejam mantidas, será necessário buscar novos mercados para compensar as perdas. A associação também reforça que o cenário exige monitoramento constante, pois os impactos sobre o emprego no setor, que emprega mão de obra altamente qualificada, podem ocorrer de forma mais lenta.