A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou que seu presidente, Samir Xaud, está entre os investigados pela Justiça Eleitoral de Roraima. A apuração faz parte da Operação Caixa Preta, que motivou agentes da Polícia Federal a cumprirem mandados na sede da entidade no Rio de Janeiro. A CBF, contudo, ressaltou que Xaud “não é o centro das apurações” e que “nenhum equipamento ou material foi levado pelos agentes” durante a ação. As informações foram divulgadas em Brasília nesta quinta-feira, 31 de julho de 2025.
A Operação Caixa Preta foi deflagrada pela Polícia Federal para investigar supostos crimes eleitorais que teriam ocorrido em Roraima, estado onde Samir Xaud foi candidato a deputado federal pelo MDB em 2022. Dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Roraima e no Rio de Janeiro. Segundo a PF, a investigação começou após a apreensão de R$ 500 mil em setembro de 2024, às vésperas das eleições municipais. Foi determinado também o bloqueio judicial de mais de R$ 10 milhões nas contas dos investigados.
Ação da Polícia Federal na Sede da CBF
A presença da Polícia Federal na sede da CBF causou repercussão, mas a entidade minimiza a relevância do caso para o futebol.
Em nota oficial, a CBF confirmou que recebeu os agentes da Polícia Federal em sua sede entre 6h24 e 6h52 da quarta-feira, “num desdobramento de investigação determinada pela Justiça Eleitoral de Roraima”. A entidade fez questão de salientar que “é importante ressaltar que a operação não tem qualquer relação com a CBF ou futebol brasileiro e que o presidente da entidade, Samir Xaud, não é o centro das apurações”. A CBF finalizou informando que Samir Xaud permanece tranquilo e à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos.