O início de 2025 marcou o nascimento de uma nova geração: a chamada Geração Beta, composta por indivíduos que nascerão entre os anos de 2025 e 2039. Especialistas apontam que essa geração terá um convívio ainda mais intenso com a tecnologia, especialmente com a inteligência artificial (IA), tornando praticamente indistinguíveis os mundos físico e digital.
De acordo com o sociólogo Sérgio Czajkowski Júnior, essa geração já nascerá integrada à IA, algo que ainda é uma novidade para grande parte da população atual. “Eles serão nativos digitais com uma relação direta com a inteligência artificial. Para eles, a IA já será parte do cotidiano”, explicou o professor.
Outro ponto importante é que os Beta serão a primeira geração nascida após a pandemia de Covid-19, ou seja, crescerão sem memórias diretas do trauma coletivo vivido globalmente. Ainda segundo o sociólogo, com base na expectativa de vida, muitos integrantes dessa geração devem presenciar a virada para o século XXII, em 2101.
O surgimento de novas gerações é estudado por sociólogos e pesquisadores principalmente para mapear mudanças culturais e de consumo. Essas divisões ajudam marcas e empresas a adaptar seus produtos e estratégias de comunicação para cada perfil geracional. Um exemplo disso é a constante mudança de tendências na moda, como o surgimento das calças skinny nos anos 2000 e o retorno das calças mais largas nos anos seguintes.
Além do comportamento de consumo, a categorização por gerações também contribui para entender como cada grupo vê o mundo, interage socialmente e se comunica. Para saber a qual geração pertence, basta verificar o ano de nascimento. Veja as classificações:
Geração Silenciosa: nascidos entre 1923 e 1946
Baby Boomers: de 1947 a 1963
Geração X: entre 1964 e 1983
Millennials (ou Y): de 1984 a 1995
Geração Z: de 1995 a 2009
Geração Alpha: de 2010 a 2024
Geração Beta: a partir de 2025
No mercado de trabalho, é cada vez mais comum ver várias dessas gerações atuando juntas. Atualmente, as gerações Baby Boomer, X, Millennial e Z convivem nos ambientes corporativos, e em breve os Alpha também farão parte desse cenário.
Samantha Boehs, especialista em comportamento organizacional, destaca que essa diversidade etária pode ser uma grande vantagem. “Ter diferentes gerações no mesmo time promove trocas enriquecedoras. Não é uma disputa de gerações, mas uma soma de experiências”, afirma.
Fabrício Lopes, executivo da Fiep (Federação das Indústrias do Paraná), reforça que ambientes diversos em idade tendem a ser mais inovadores. “Ao unir jovens recém-formados com profissionais mais experientes, você cria equipes com habilidades variadas, o que favorece a inovação nas empresas”, conclui.