A Rússia anunciou nesta segunda-feira (6) que interceptou um total de 251 drones ucranianos durante a noite. O Ministério da Defesa russo classificou a ação como um dos maiores ataques de Kiev em três anos e meio de conflito, com intensa concentração na região do Mar Negro.
Deste total, 40 drones foram abatidos sobre a Crimeia, península anexada pela Rússia em 2014, 62 sobre o Mar Negro e cinco sobre o Mar de Azov.
A denúncia russa ocorre logo após a Ucrânia ter sofrido um dos maiores ataques aéreos russos desde o início da guerra. Nesse domingo (5), a Rússia lançou cerca de 140 drones e 23 mísseis contra a região de Lviv, que faz fronteira com a Polônia.
O ataque russo em Lviv obrigou a Polônia e seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) a ativarem o alerta máximo e os sistemas de defesa. Desde fevereiro de 2022, Moscou lança drones e mísseis quase diariamente sobre a Ucrânia, que tem respondido com ataques ao território russo.
Kiev costuma visar as infraestruturas energéticas russas, enquanto Moscou intensificou suas agressões à rede elétrica ucraniana. Há temores de que esta seja uma nova campanha para mergulhar o país na escuridão com a aproximação do inverno.
De acordo com uma análise da agência France-Presse (AFP), com base em dados do Instituto para o Estudo da Guerra (ISW), a Rússia exercia controle total ou parcial sobre 19% do território ucraniano no final de setembro.
O avanço do Exército russo, no entanto, voltou a abrandar em setembro, período em que conquistou 447 quilômetros quadrados. Isso representa uma desaceleração em relação aos meses de agosto e julho.