A Rússia lançou um ataque de grande escala contra a Ucrânia durante a última noite, nesta quinta-feira, 10 de julho de 2025, utilizando cerca de 400 drones e 18 mísseis. O anúncio foi feito pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que apelou aos aliados ocidentais para imporem sanções a Moscou “rapidamente”. O foco principal do ataque foi a capital, Kiev, onde ao menos duas pessoas morreram e 13 ficaram feridas.
As autoridades de Kiev informaram que destroços dos drones atingiram o telhado de um edifício residencial no bairro central de Shevchenkivskyi, causando incêndios em diversas partes da cidade. As duas vítimas fatais foram identificadas como uma mulher de 68 anos e um policial de 22, ambos encontrados em uma estação de metrô, segundo o ministro do Interior, Ihor Klymenko.
O chefe da administração local, Tymur Tkachenko, lamentou via Telegram que “edifícios residenciais, veículos, armazéns, escritórios e edifícios não residenciais estão ardendo”. A população foi aconselhada a buscar abrigo e manter as janelas fechadas devido à intensa fumaça, até que o alerta de ataque aéreo fosse suspenso.
Este ataque, que durou cerca de três horas, ocorre apenas dois dias após outro considerado o maior desde o início da guerra, quando Moscou lançou 728 drones e 13 mísseis contra a Ucrânia. Zelensky classificou a situação como uma clara “escalada do terror por parte da Rússia” e reforçou que as sanções devem ser impostas rapidamente para que a Rússia “sinta realmente as consequências do terror”.
O presidente ucraniano adiantou que sua reunião com parceiros ocidentais nesta quinta-feira focará no financiamento adicional para interceptores de drones e defesa aérea. A videoconferência deverá contar com a presença da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; do chanceler alemão, Friedrich Merz; do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer; e do presidente francês, Emmanuel Macron.
Paralelamente, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, deve encontrar-se hoje com o chanceler russo, Sergei Lavrov, em Kuala Lumpur, durante a reunião dos chefes de diplomacia dos países do Sudeste Asiático. No cenário político dos EUA, o presidente Donald Trump anunciou na última segunda-feira, 7 de julho, a intenção de enviar mais armas para Kiev e, no dia seguinte, acusou o chefe de Estado da Rússia de dizer “disparates” sobre a Ucrânia.