Às vésperas da 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) lançou o Mutirão COP30, uma ação participativa que convida toda a sociedade a se engajar no debate sobre as mudanças climáticas e a reconhecer o papel essencial das Unidades de Conservação (UCs) na proteção do planeta.
Em entrevista ao programa A Voz do Brasil, o presidente do ICMBio, Mauro Pires, explicou que o objetivo é mobilizar a população a compartilhar vídeos, histórias e boas práticas ligadas às UCs nas redes sociais, fortalecendo o movimento em defesa da natureza e do clima.
“A COP é um evento voltado à negociação entre países, mas nós queríamos que as pessoas comuns também participassem. Por isso, criamos esse mutirão. As pessoas podem gravar vídeos, postar em suas redes sociais e usar a hashtag #ICMBio para criar um movimento em favor das unidades de conservação”, destacou Pires.
Um convite à participação popular
O Mutirão COP30 busca transformar o debate climático em uma conversa de todos — das comunidades locais aos usuários das redes sociais. Segundo Mauro Pires, as Unidades de Conservação são patrimônio do povo brasileiro e representam uma das principais contribuições do país no combate à mudança do clima.
“Onde temos unidades de conservação, a temperatura é mais regulada, a chuva é mais equilibrada e a vegetação se mantém preservada. Essas áreas reduzem emissões e protegem o clima”, explicou.
Unidades de Conservação: equilíbrio e proteção
Atualmente, o Brasil possui 344 Unidades de Conservação federais, distribuídas por todos os biomas e na zona costeira e marinha — entre elas, o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e a Floresta Nacional de Brasília.
Essas áreas desempenham papel vital na regulação da temperatura, do regime de chuvas e no armazenamento de carbono, ajudando a mitigar os efeitos das mudanças climáticas e promovendo o desenvolvimento sustentável.
“Conservação significa menos desmatamento, menos queimadas e menos emissões de carbono. Quanto menos carbono levarmos à atmosfera, mais protegemos o clima”, reforçou Pires.
Adaptação e futuro sustentável
Além de reduzir impactos ambientais, as UCs também oferecem espaços de aprendizado e adaptação aos novos cenários climáticos e econômicos. “As unidades são locais ideais para experimentarmos formas sustentáveis de convivência com o meio ambiente e de adaptação às mudanças já em curso”, afirmou o presidente do ICMBio.
Durante a COP30, que será realizada em Belém (PA), o ICMBio participará de eventos técnicos e ações de conscientização, apresentando experiências de gestão e conservação que reforçam o protagonismo do Brasil na agenda ambiental global.







































