Navegando pelas águas do rio Madeira, uma equipe composta por mais de 30 profissionais trabalha incansavelmente para levar assistência e atendimentos de saúde à população que mais precisa.
Entre os profissionais estão médicos, enfermeiros, vacinadores, técnicos de enfermagem, biomédicos, técnicos de laboratórios, tripulantes fluviais, serviços gerais e outros trabalhadores. Cada um deles dedicado a uma única missão: oferecer cuidados para as comunidades ribeirinhas mais distantes de Porto Velho.
O Barco Saúde da Semusa, em funcionamento há 20 anos, partiu da capital no domingo (23), com destino à região de São Carlos e Nazaré, distritos do baixo Madeira. A embarcação desempenha um papel fundamental ao facilitar atendimentos de saúde em áreas de difícil acesso.
“Porto Velho possui uma extensão territorial muito grande, o que dificulta as estratégias das equipes de saúde da família. O Barco Saúde funciona como uma unidade móvel de atendimento e permite que cada vez mais moradores consigam ter acesso aos serviços do Sistema Único de Saúde”, destacou a diretora do Departamento de Atenção Básica (DAB), Fabíola Barros.
EQUIPE
Para manter o barco em perfeita ordem e funcionamento, os esforços são mantidos pela tripulação, composta por comandantes, chefes de máquinas, marinheiros de convés e um chefe de cozinha, responsável por preparar todas as refeições a bordo.
Benjamin Ferreira, comandante fluvial do Barco Saúde desde que a embarcação começou a funcionar, conta que a unidade ajuda a sanar a falta de médicos nas localidades mais remotas e auxilia principalmente os moradores que não têm condições de buscar atendimento especializado em Porto Velho, seja por falta de recursos financeiros ou por dificuldade de locomoção.
“Esse barco para nós é muito útil, porque os moradores não precisam se deslocar dos distritos para Porto Velho, e ele tem uma grande vantagem de parar praticamente na porta de casa. Os moradores sabem o horário que o barco chega e o horário que ele sai, o único deslocamento que precisam fazer é da casa para a embarcação. Se torna muito mais barato e mais fácil de resolver o problema”, afirma.
Além dos tripulantes, outros profissionais da saúde pertencentes à Semusa também embarcaram na missão, entre eles estão médicos especialistas, vacinadores, biomédicos e auxiliares de farmácia.
PARCERIA
Para contribuir com o número de atendimentos e o funcionamento da unidade fluvial, a Semusa firmou parceria com a Base Aérea de Porto Velho, que disponibilizou equipe médica, cozinheiro e auxiliar de apoio para contribuírem na missão.
A Universidade Federal de Rondônia (Unir) também participa da ação, com profissionais residentes nas áreas de enfermagem, psicologia e educação física, que estão colaborando para os atendimentos da população.
Maria de Lourdes, coordenadora do Barco Saúde, fala sobre a importância das parcerias para o funcionamento da embarcação. “O sucesso do Barco Saúde é resultado do esforço conjunto e das parcerias firmadas ao longo dos anos. Nossa embarcação é um verdadeiro exemplo de como a união entre diferentes instituições pode fazer a diferença na vida da população”.
Após dois dias em São Carlos e mais de 2.800 atendimentos realizados, entre consultas, vacinação, dispensação de medicamentos, exames laboratoriais e outros serviços, a embarcação chega ao distrito de Nazaré na quinta-feira (27), onde permanece até sexta-feira (28)
