O presidente Luiz Inácio Lula da Silva manifestou-se nesta terça-feira, 2 de dezembro de 2025, sobre os recentes casos de feminicídios que chocaram o país. Durante evento em Ipojuca, na região metropolitana do Recife, o presidente cobrou dos próprios homens uma resposta para mudar a cultura de violência de gênero. O evento marcou o lançamento das obras de expansão da capacidade operacional da Refinaria Abreu e Lima (Rnest).
Lula citou ter acordado com a primeira-dama, Janja, chorando ao ler as notícias trágicas de violência contra mulheres. A primeira-dama pediu ao presidente uma “luta mais dura” para enfrentar o problema.
Casos chocantes e o Código Penal
O presidente citou episódios trágicos registrados nos últimos dias, questionando a eficácia do Código Penal. Ele mencionou um caso em que um homem atirou com duas pistolas contra a ex-companheira. Citou ainda o caso de um homem que matou a esposa grávida e os quatro filhos e tocou fogo na casa.
Lula também citou a tentativa de feminicídio em São Paulo, onde Douglas Alves da Silva, de 26 anos, atropelou e arrastou Tainara Souza Santos, de 31 anos, no sábado, 29 de novembro. Tainara teve as pernas amputadas e segue internada. Outro caso foi o da mulher que foi baleada por seu ex-companheiro em uma pastelaria em São Paulo, na segunda-feira, 1º de dezembro. No Recife, um homem de 39 anos foi preso no sábado suspeito de provocar um incêndio que resultou na morte da esposa grávida e dos quatro filhos.
Apelo por conscientização masculina
Lula reforçou que “cada um de nós, homens, precisamos ser o professor do outro”. O presidente pediu lição de caráter e respeito e fez um apelo para que os homens se separem, mas não usem a violência.
O presidente disse que irá liderar um movimento nacional: “É preciso que haja um movimento nacional dos homens, contra os animais que batem, que judiam, que maltratam as mulheres”.
Feminicídio é o homicídio de uma mulher cometido em razão do seu gênero. O crime é considerado a expressão máxima da violência de gênero. No Brasil, ele é considerado hediondo e a pena de reclusão é de 12 a 30 anos. Somente em São Paulo, 207 mulheres foram mortas vítimas de feminicídio desde janeiro.











































