A Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados vai solicitar a abertura de uma investigação federal no Rio de Janeiro. O objetivo é apurar as circunstâncias da megaoperação policial que resultou em, no mínimo, 121 mortes no estado.
Segundo o presidente da Comissão, deputado Reimont (PT-RJ), é necessária uma perícia independente, que não esteja ligada ao governo estadual. A medida busca garantir mais transparência nas apurações.
Crime de Estado e imparcialidade
“Nós estamos diante de um crime de Estado. Quem matou esses jovens foi o Estado. Eles são seres humanos e no Brasil não há pena de morte. Então, o Estado não pode ter todo o processo e fazer todas as averiguações. Nós vamos pedir uma perícia federal”, afirmou Reimont.
O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), também membro da comissão, defendeu a federalização das investigações. Ele classificou a operação como desastrosa, com um cunho político forte.
“Acho que a Polícia Federal deve entrar nesse processo, como uma polícia independente”, defendeu Otoni de Paula.
Um pedido semelhante também foi protocolado pela Comissão Especial de Favelas e Periferias da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). A presidente da Comissão, Renata Souza (PSOL), protocolou uma representação com pedido de deslocamento de competência à Procuradoria-Geral da República (PGR).
O documento solicita a federalização das investigações e do processamento judicial relativos à Operação Contenção. Além disso, demanda que a PGR determine a preservação de todos os vestígios periciais e registros audiovisuais.
A deputada Renata Souza afirmou que o que ocorreu foi “um massacre, uma chacina, que violou, de forma brutal, os direitos mais fundamentais da população favelada”.
 
         
         
         
        








































