O Partido Liberal (PL) oficializou nesta terça-feira, 16 de setembro, a nomeação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como o novo líder da Minoria na Câmara dos Deputados. O cargo era ocupado pela deputada Caroline de Toni (PL-SC), que renunciou em favor do colega de partido e agora é a primeira vice-líder, continuando a representar a bancada nas votações.
A manobra política busca evitar que Eduardo Bolsonaro seja cassado por faltas em sessões. O deputado está nos Estados Unidos há meses e não registra presença em votações há mais de dois meses. Segundo o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, a nomeação é baseada em uma decisão de 2015 da Mesa Diretora da Casa, que isenta líderes de justificar ausências.
Manobra do PL
De acordo com a deputada Caroline de Toni, a decisão protege Eduardo Bolsonaro enquanto ele “está à distância por uma vontade que não é dele”. O deputado tem articulado nos Estados Unidos, junto ao governo de Donald Trump, para promover sanções contra o Brasil. A iniciativa é uma reação à condenação de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.
Reação da oposição
A manobra do PL gerou reação imediata da oposição. O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, considerou a medida um “absurdo” e prometeu que o partido vai tomar providências tanto no Judiciário quanto no Legislativo. Lindbergh já havia feito uma representação criminal no STF na semana passada, pedindo a prisão preventiva do deputado e o bloqueio de seu salário e verbas parlamentares, devido ao seu lobby em favor de sanções contra o Brasil.