Uma moradora de 57 anos do distrito de Vitória da União, pertencente ao município de Corumbiara (RO), registrou queixa contra um policial militar por, segundo ela, atos de humilhação e truculência. A denúncia ocorreu na segunda-feira, 20 de outubro de 2025, na Polícia Civil de Cerejeiras. A mulher alega ter sido algemada e detida sem ter sua versão dos fatos ouvida.
A detenção ocorreu após um vizinho acionar a Polícia Militar, acusando a mulher de tê-lo ameaçado com um facão. Em entrevista por telefone, a moradora contou que a discussão começou pela manhã, quando ela foi pedir que o vizinho, que passou a noite ouvindo música alta, baixasse o volume. O homem teria respondido com ofensas.
A mulher afirmou que estava com o facão na mão porque estava colhendo mandiocas para o almoço, mas negou ter chegado perto do vizinho. Ela relata que, quando a guarnição chegou, entrou em sua casa para buscar documentos. Nesse momento, um dos policiais, sem ouvir sua versão da discussão, a algemou com as mãos para trás, dentro de seu próprio quintal.
A vítima relatou ao telefone a truculência do militar. “Ele queria me colocar dentro do camburão, mas eu disse que sofro de ansiedade, tenho pressão alta e passaria mal naquele espaço apertado”, contou. Ela acrescentou que o mesmo policial a empurrou para dentro da viatura na frente de seu marido.
A mulher foi levada para a Delegacia de Polícia Civil (DPC) de Cerejeiras. O policial teria retirado as algemas apenas ao chegar à cidade. Após prestar depoimento e contar sua versão dos fatos, ela foi liberada.
Na mesma DPC, a moradora de 57 anos registrou a queixa contra o policial militar de 55 anos. Ela o acusou formalmente de submetê-la a uma série de atos de humilhação e truculência durante a abordagem.