Na manhã de domingo, dia 1, o corpo de um rapaz de 20 anos, identificado como Ederlan O. G., foi encontrado boiando no rio Juinão, a aproximadamente 30 km de Juína, cidade de Mato Grosso na divisa com Vilhena.
A descoberta foi feita por populares que, por volta das 9h50, informaram à Polícia Judiciária Civil sobre a presença de um cadáver no rio. Ederlan, morador do bairro Módulo 5, em Juína e natural de Aripuanã, já havia sido alvo de um “salve” (punição interna) imposta pela facção criminosa Comando Vermelho (CV), na qual era vítima.
De acordo com o relato das autoridades, o corpo foi localizado preso em uma raiz, a cerca de 100 metros da ponte sobre o rio Juinão. Equipes da Polícia Civil, POLITEC e militares do Corpo de Bombeiros foram acionados para a remoção e realização dos procedimentos periciais. Ao ser retirado da água, foi constatado que havia um pano amarrado ao pescoço da vítima, sugerindo possível envolvimento em homicídio antes de ser jogado no rio.
A vítima já havia sido identificada durante uma operação da Polícia Judiciária Civil realizada na semana passada em Juína, quando oito suspeitos ligados ao Comando Vermelho foram detidos. Durante a operação, Ederlan foi encontrado com várias lesões nas costas e costelas, resultantes de uma agressão violenta (conhecida como “salve”) imposta pela facção.
O Instituto Médico Legal (IML) ainda não emitiu o laudo oficial determinando a causa da morte, mas as circunstâncias e lesões observadas indicam que o jovem pode ter sido assassinado antes de ser arremessado ao rio.
A Polícia Judiciária Civil segue investigando o caso, buscando esclarecer as circunstâncias do crime e identificar os responsáveis. A morte de Ederlan é mais um episódio trágico relacionado à violência ligada às facções criminosas na região de Juína, que tem enfrentado desafios crescentes relacionados ao crime organizado.