Cerca de 8,3 milhões de pessoas com 60 anos ou mais estavam trabalhando no Brasil em 2024. Este contingente levou o nível de ocupação desse grupo etário ao seu recorde histórico desde 2012, quando o levantamento do IBGE começou.
Dos 34,1 milhões de idosos, um em cada quatro (24,4%) estava ocupado no ano passado. Os dados fazem parte da Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta quarta-feira, dia 3 de dezembro de 2025, em Brasília.
Fatores do aumento da ocupação
O nível de ocupação de idosos tem crescido anualmente desde 2020, quando era de 19,8%.
A analista do IBGE, Denise Guichard Freire, apontou que a Reforma da Previdência, promulgada em 2019, é uma das explicações para o ganho de ocupação. “Certamente a reforma da previdência é um dos fatores que levam as pessoas a ter que trabalhar mais tempo”, afirmou.
A taxa de desocupação (desemprego) dessa população foi de 2,9% em 2024, a menor da série histórica. Para efeito de comparação, a taxa de desemprego total da população era de 6,6% no ano passado.
No grupo de 60 a 69 anos, 34,2% estavam ocupados. Já na faixa de 70 anos ou mais, a ocupação era de 16,7%.
Trabalho por conta própria em destaque
O estudo aponta que mais da metade dos idosos ocupados (51,1%) trabalhava por conta própria (43,3%) ou como empregador (7,8%).
Na população ocupada como um todo, trabalhadores por conta própria e empregadores somam apenas 29,5% dos trabalhadores. Entre os idosos, apenas 17% tinham a forma de atuação mais comum do país: empregado com carteira assinada.
Rendimento superior, mas menor formalização
O IBGE identificou que os idosos receberam R$ 3.561 mensais, em média, um valor que superou o rendimento do conjunto da população com 14 anos ou mais de idade (R$ 3.108). Os idosos ganharam 14,6% mais.
Entretanto, as pessoas com 60 anos ou mais ficam em desvantagem na formalização do trabalho. A taxa de formalidade do país era de 59,4% dos ocupados, mas entre os idosos, era de apenas 44,3%.
O IBGE considera informais os empregados sem carteira assinada, e os trabalhadores por conta própria e empregadores que não contribuem para a previdência social.











































