O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou nesta terça-feira, dia 4 de novembro, em São Paulo, o empenho do governo em buscar o equilíbrio das contas públicas. Ele rebateu de forma veemente as críticas sobre o descumprimento das metas fiscais. De acordo com o ministro, as alegações de que o governo não cumprirá seus objetivos seriam “um delírio”.
“Vamos entregar o melhor resultado fiscal do país em 4 anos, mesmo pagando tudo o que não se pagou de calote do governo anterior. E a impressão que se dá é que estamos vivendo uma crise fiscal. Isso é um delírio que eu preciso entender do ponto de vista psicológico, porque do ponto de vista econômico eu não consigo entender”, declarou Haddad. O ministro garantiu que cumpre seus objetivos, apesar dos boatos sobre mudança na meta fiscal desde 2023.
Manutenção da meta e ambiente de negócios
O ministro garantiu que, apesar de haver “um jogo contra o Brasil” e “muita torcida contra”, o governo não recuará nas metas. “É isso que as pessoas precisam entender, nós não vamos recuar dos objetivos de colocar as contas em ordem, que estão desorganizadas desde 2015”, afirmou Haddad durante o evento COP30 Business & Finance Fórum, promovido pela Bloomberg Philanthropies.
Durante sua participação, Haddad destacou que o Brasil está criando um ambiente de negócios favorável, impulsionado pela reforma tributária, que tem atraído investimentos estrangeiros. Ele citou que o Ministério dos Transportes, por exemplo, deve duplicar a média de oferta de negócios dos quatro anos anteriores. A reforma sobre a renda, que está para ser votada, é vista pelo ministro como um fator importante para corrigir a desigualdade, que, segundo ele, é um impedimento ao crescimento.
Críticas ao patamar da Selic
Haddad voltou a defender a necessidade de redução da taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 15%. Para o ministro, o patamar atual é insustentável. “Por mais pressão que os bancos façam sobre o Banco Central para não baixar a taxa de juros, elas vão ter que cair. Não tem como sustentar 10% de juros real com inflação de 4,5%”, avaliou.
O ministro expressou tranquilidade com o desempenho esperado para o próximo ano. “Nós podemos terminar o mandato com indicadores muito superiores em todo o mundo. Nós podemos controlar a dívida pagando menos juros. Não precisa pagar esse juro todo”, disse Haddad. A reportagem é de Elaine Patricia Cruz.









































