Os partidos Progressistas (PP) e União Brasil anunciaram nesta quarta-feira, 8 de outubro, que aplicaram sanções aos ministros André Fufuca (Esporte) e Celso Sabino (Turismo). As medidas foram tomadas por desobediência à orientação das legendas, que determinaram a entrega dos cargos após o anúncio de saída da base do governo no Congresso Nacional.
Punições no Progressistas
Em nota divulgada pelo presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, o partido informou que o ministro André Fufuca será afastado de todas as decisões partidárias e também da vice-presidência nacional do partido.
Além disso, a Direção Nacional do Progressistas irá intervir no diretório do Maranhão, removendo o ministro do comando da legenda no estado. A nota reforça que o partido “não fará parte do atual governo, com o qual não nutre qualquer identificação ideológica ou programática”.
Na segunda-feira (6), em Imperatriz (Maranhão), Fufuca havia sinalizado que pretendia permanecer no cargo. Em uma rede social, o ministro afirmou que sua fidelidade é, “primeiramente ao povo que confiou o seu voto” e que seu trabalho está acima de “quaisquer questões e disputas partidárias internas”, garantindo que seguirá “lado a lado com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
Sanções no União Brasil
O União Brasil também anunciou sanções. O ministro do Turismo, Celso Sabino, foi suspenso cautelarmente de suas atividades partidárias por 60 dias. Sabino ocupa funções na executiva nacional e chefia o diretório do Pará. O Diretório Estadual do Pará passará a ser conduzido por uma comissão provisória interventiva.
A Executiva do partido decidiu que o caso de Sabino será encaminhado ao Conselho de Ética da legenda, que terá 60 dias para se manifestar sobre as representações. O União Brasil reiterou o compromisso com a transparência e o respeito à vontade de seus filiados.
A decisão de ter ministros punidos por desobediência partidária é um desdobramento da saída da recém-formada federação União Progressista da base do governo no início de setembro. Na ocasião, ficou determinado que todos os filiados com mandato em cargos da administração federal deveriam renunciar às suas funções, incluindo os ministros de Estado.