O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou um posicionamento nesta terça-feira, 30 de setembro de 2025, no Rio de Janeiro, em que exige o reforço na fiscalização para combater a falsificação de bebidas alcoólicas. A cobrança ocorre após casos de intoxicação por metanol em São Paulo que resultaram em pelo menos três mortes.
O presidente do CFM, José Hiram Gallo, destacou a gravidade da situação, lembrando que esses produtos adulterados “geram riscos de adoecimento, sequelas e mortes”. A entidade orientou a população a tomar precauções no consumo.
Cuidados ao comprar bebidas alcoólicas
Para evitar o risco de intoxicação por metanol, o CFM recomenda que os consumidores adquiram bebidas alcoólicas apenas em estabelecimentos confiáveis. Além disso, é crucial recusar produtos que apresentem:
Lacre violado;
Rótulos com erros de impressão;
Falta de dados essenciais, como CNPJ, número de lote e data de validade.
Identificação e emergência médica
O metanol é uma substância de extrema gravidade, pois é metabolizada no organismo em produtos tóxicos, como formaldeído e ácido fórmico, podendo causar a morte.
O presidente José Hiram Gallo reforça o alerta para os principais sinais de intoxicação por metanol, que podem surgir entre seis e 24 horas após a ingestão:
Dor de cabeça intensa;
Náuseas;
Confusão mental;
Visão turva repentina ou cegueira (podendo evoluir para perda total da visão);
Mal-estar generalizado, vômitos, dores abdominais e sudorese.
“Em caso de identificação desse quadro, deve-se buscar imediatamente os serviços de emergência médica”, alerta Gallo. A demora no atendimento aumenta a probabilidade de um desfecho fatal.
Para orientação especializada, é possível contatar: o Disque-Intoxicação da Anvisa (0800 722 6001) ou o Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo – CCI ((11) 5012-5311 ou 0800-771-3733). Também é vital orientar outras pessoas que possam ter consumido a mesma bebida a procurarem um serviço de saúde.